- Configuração da EaD no contexto do Brasil
atual
- Como a EaD tem sido pensada?
-
Modalidade de ensino
-
Opção assumida no conjunto das políticas educacionais
- TICs tem sido incorporadas ao discurso
pedagógico e podem ser postas como meio mais eficaz de realizar a EaD,
correspondendo a transposição dos
conteúdos de ensino para os novos meios, preferencialmente digitais.
- Com a possibilidade do uso da internet a
educação recebeu novas denominações, como educação
on line ou e-educação.
- A EaD possibilita a expansão de vagas,
elimina a necessidade dos alunos estarem presencialmente nas salas de aula e
acelera o processo de aprendizagem.
- Nas negociações da dívida externa e na
concessão de novos empréstimos os Organismos Internacionais tem estabelecido condicionalidades, sendo uma delas a EaD
como fórmula para reduzir o papel do Estado no financiamento da educação,
diminuindo os custos do ensino. Já na década de 1970 o Banco Mundial destacava
a importância das “inovações educacionais” na “busca de meios instrucionais
mais baratos”.
- A modalidade a distância é introduzida a
partir da presencial. Está associada às novas linguagens das novas tecnologias,
sugerindo o desgaste e o envelhecimento da outra. Sendo este o discurso para
legitimação da “nova modalidade”.
- A LDB atribui ao Poder Público o
desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os
níveis e modalidades de ensino e de educação continuada. Porém as fontes de
financiamento não são explicitadas, permitindo parcerias com o setor privado.
- A flexibilização que sustenta a política
de EaD está presente em todas as suas dimensões:
-
flexibilização de requisitos para admissão, horários e duração.
-
flexibilização curricular.
-
flexibilização do credenciamento das instituições para a oferta de cursos.
-
flexibilização dos cursos de formação e de capacitação docente
-
flexibilização dos processos de associação entre instituições
-
flexibilização das fontes de financiamento
- Flexibilização com fim determinado =
Flexibilização Estratégica -> é a educação como serviço, negociada como
mercadoria embalada em pacotes. Não se trata de promover as condições
necessárias ao pleno funcionamento das universidades, mas de aumentar as vagas
de forma maciça no curto e médio prazo. Na tentativa de amenizar os aspectos da
crise educacional:
-
limites impostos pela educação presencial
-
o país com dimensões continentais
-
cultura conservadora
“Em um país de dimensões continentais a EaD
surge como um caminho viável e necessário. Infelizmente no Brasil, muitos ainda
julgam a EaD como um ensino de segunda categoria e prevalece um medo infundado
de que a educação a distância possa ameaçar o ofício de professor”.
- GTI -> discurso contraditório –
expansão (vagas) e redução (custos)
- Reforma Universitária -> EaD aparece
na segunda versão, simplesmente, como modalidade de ensino.
- Discurso Competente
- Discurso de Competência – substitui
termos e expressões consolidados no campo da educação:
-
Trabalho -> atividade, tarefa
-
Formação -> certificação
-
Qualificação/capacitação/treinamento -> educação continuada
-
Professor -> tutor, monitor, facilitador, animador.
-
Não se aprende só na escola -> não se aprende na escola
- Movimento Neotecnicista – ausência das
possibilidades abertas pelas TICs para o enriquecimento das práticas
educativas, já que sua presença tem o sentido essencial de promover a distancia
dos sujeitos, a multiplicação do seu número, a redução do tempo e o
aligeramento dos processos.
- Na política da educação a distancia, a
flexibilização é para:
-
liberação de acordos e serviços
-
desnacionalização de serviços básicos com a educação
-
fim da fronteira entre o público e o privado
-
silenciamento dos campi
-
esvaziamento da formação como prática social
-
redução dos cursos a pacotes instrucionais
-
desterritorialização da escola
20/03/2012