quinta-feira, 17 de maio de 2012

Reflexões - aula 11/05


A aula de TCC do dia 11/05, foi muito proveitosa. Pena alguns colegas não estarem presentes. Nesta aula foi discutido o texto analisado pelo Jaci e pelo Bruno – Diferença dos PCNs do ensino fundamental.
O texto proporcionou grandes reflexões e debates entre a turma. Entre as reflexões e os debates fiz algumas anotações que quero compartilhar, pois espero que permita que nossos colegas ausentes possam refletir sobre os temas abordados:
- O currículo é importante na organização de saberes.
- O cidadão é do mundo, pois está inserido em um mercado globalizado, embora, o mundo não seja uma sociedade globalizada.
- Como trabalhar as diferenças sem excluir? Será que ao trabalhar as diferenças já não estamos excluindo?
- Experiência de fronteira à o meu conhecimento “toca”, “esbarra” no conhecimento do outro. É o que chamamos de experiência marginal.
- Currículo hegemônico (que domina) tende a perder sua originalidade.
- Quanto mais o indivíduo se localiza, mais ele se universaliza. Como aplicar esse conceito no Currículo escolar?
- Somos todos diferentes. Mas o que nos une? O currículo deve igualar as pessoas ou destacar as diferenças?
Ainda não tenho resposta para todas as perguntas, provavelmente não as terei. O que mais vale é poder compartilhar as experiências...

Reforma Curricular: mudança da forma de ser da escola

 Achei interessante essa matéria no site globo.com e resolvi compartilhar com vocês.

"MEC amplia currículo alternativo para tirar ensino médio público da crise".

Link da matéria

 

 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Anotações sobre o texto: “A crise da mudança dos currículos”


1-     PREMENTE – que aperta, faz compressão, exige solução rápida.
2-     Economia KEYNESIANA – o Estado devia ser responsável pelo bem estar da população em consequência do crescimento e expansão da economia.
3-     Transformações macroeconômicas coincidiram com importantes mudanças na reforma educacional.
4-     EMASCULAÇAO – castração, enfraquecimento.
5-     A disciplina escolar e o currículo são módulos de um mosaico. A disciplina é o modelo de divisão e fragmentação do conhecimento em nossas sociedades.
6-     A estruturação do ensino representa ao mesmo tempo uma fragmentação e uma internalização das lutas a respeito do ensino público.
7-     Na década de 60 foram definidos novos currículos e produzidos novos modelos de trabalho interdisciplinar. Rompendo fronteiras seletivas construídas durante os séculos anteriores. Escolas e currículos mais abrangentes caminharam juntos.
8-     As chamadas “escolas abrangentes” produziram uma série de reformas curriculares que buscavam redefinir e questionar a hegemonia do currículo da Grammar school.
9-     Pensadores progressistas foram atraídos pela ideia de conhecimento prático, como reação contrária a teoria fundamental.
10-  O debate sobre o ensino está limitado a cada local, a cada escola “individualmente”.
Centralizado à Localidade
Descentralizado à Geral
Disciplinas escolares e Estratégias de Melhoria internalizam e limitam o debate sobre objetivos escolares.
 23/03/2012

Resumo do Texto: Política de Educação a Distância – a flexibilização estratégica


- Configuração da EaD no contexto do Brasil atual
- Como a EaD tem sido pensada?
               - Modalidade de ensino
               - Opção assumida no conjunto das políticas educacionais
- TICs tem sido incorporadas ao discurso pedagógico e podem ser postas como meio mais eficaz de realizar a EaD, correspondendo a  transposição dos conteúdos de ensino para os novos meios, preferencialmente digitais.
- Com a possibilidade do uso da internet a educação recebeu novas denominações, como educação on line ou e-educação.
- A EaD possibilita a expansão de vagas, elimina a necessidade dos alunos estarem presencialmente nas salas de aula e acelera o processo de aprendizagem.
- Nas negociações da dívida externa e na concessão de novos empréstimos os Organismos Internacionais tem estabelecido condicionalidades, sendo uma delas a EaD como fórmula para reduzir o papel do Estado no financiamento da educação, diminuindo os custos do ensino. Já na década de 1970 o Banco Mundial destacava a importância das “inovações educacionais” na “busca de meios instrucionais mais baratos”.
- A modalidade a distância é introduzida a partir da presencial. Está associada às novas linguagens das novas tecnologias, sugerindo o desgaste e o envelhecimento da outra. Sendo este o discurso para legitimação da “nova modalidade”.
- A LDB atribui ao Poder Público o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada. Porém as fontes de financiamento não são explicitadas, permitindo parcerias com o setor privado.
- A flexibilização que sustenta a política de EaD está presente em todas as suas dimensões:
               - flexibilização de requisitos para admissão, horários e duração.
               - flexibilização curricular.
               - flexibilização do credenciamento das instituições para a oferta de cursos.
               - flexibilização dos cursos de formação e de capacitação docente
               - flexibilização dos processos de associação entre instituições
               - flexibilização das fontes de financiamento
- Flexibilização com fim determinado = Flexibilização Estratégica -> é a educação como serviço, negociada como mercadoria embalada em pacotes. Não se trata de promover as condições necessárias ao pleno funcionamento das universidades, mas de aumentar as vagas de forma maciça no curto e médio prazo. Na tentativa de amenizar os aspectos da crise educacional:
               - limites impostos pela educação presencial
               - o país com dimensões continentais
               - cultura conservadora
“Em um país de dimensões continentais a EaD surge como um caminho viável e necessário. Infelizmente no Brasil, muitos ainda julgam a EaD como um ensino de segunda categoria e prevalece um medo infundado de que a educação a distância possa ameaçar o ofício de professor”.
- GTI -> discurso contraditório – expansão (vagas) e redução (custos)
- Reforma Universitária -> EaD aparece na segunda versão, simplesmente, como modalidade de ensino.
- Discurso Competente
- Discurso de Competência – substitui termos e expressões consolidados no campo da educação:
               - Trabalho -> atividade, tarefa
               - Formação -> certificação
               - Qualificação/capacitação/treinamento -> educação continuada
               - Professor -> tutor, monitor, facilitador, animador.
               - Não se aprende só na escola -> não se aprende na escola
- Movimento Neotecnicista – ausência das possibilidades abertas pelas TICs para o enriquecimento das práticas educativas, já que sua presença tem o sentido essencial de promover a distancia dos sujeitos, a multiplicação do seu número, a redução do tempo e o aligeramento dos processos.
- Na política da educação a distancia, a flexibilização é para:
               - liberação de acordos e serviços
               - desnacionalização de serviços básicos com a educação
               - fim da fronteira entre o público e o privado
               - silenciamento dos campi
               - esvaziamento da formação como prática social
               - redução dos cursos a pacotes instrucionais
               - desterritorialização da escola
20/03/2012

Resumo do texto: “O pensamento curricular no Brasil”


- No Brasil, as primeiras preocupações com o currículo, datam dos anos 20;
- Até a década de 1980 o campo do currículo foi marcado pela transferência instrumental de teorizações americanas. Essa transferência era viabilizada por acordos bilaterais entre os governos brasileiro e norte-americano dentro do programa de ajuda à América Latina;
- Na década de 1980, com o início da redemocratização do Brasil e o enfraquecimento da hegemonia americana, as vertentes marxistas ganham força no pensamento curricular brasileiro;
- Na década de 1990, o currículo vivia múltiplas influências, os estudos assumiram um enfoque sociológico, em contraposição à primazia do pensamento psicológico até então dominante;
- Os trabalhos buscavam a compreensão do currículo como espaço de relações de poder;
- Dominava a ideia de que o currículo só podia ser compreendido quando contextualizado política, econômica e socialmente. O pensamento curricular começa a incorporar enfoques pós-modernos e pós-estruturais, que convivem com as discussões modernas.
- Ao mesmo tempo em que as tendências se diversificam, aumenta a dificuldade de definir com clareza o que é currículo;
- O pensamento curricular começa a incorporar enfoques pós-modernos e pós-estruturais, que convivem com as discussões modernas;
- HIBRIDISMO é a marca do campo do currículo.  A produção de currículo no Brasil, em 1996, baseia-se em três grupos principais: a perspectiva pós-estruturalista, o currículo em rede e a história do currículo e a constituição do conhecimento escolar.
- PERSPECTIVA PÓS-ESTRUTURALISTA, teve destaque nas produções da UFRGS, grupo liderado por Tomaz Tadeu. Tem como objetivo central a análise das conexões entre os processos de seleção, organização e distribuição dos currículos escolares e a dinâmica de produção e reprodução da sociedade capitalista. A ruptura quanto à interpretação, é exemplificada com o fato de o pensamento pós-estruturalista, ao centralizar questões de interesse e poder, não se limitaria às questões econômicas, mas amplia o debate para as questões de gênero, etnia e sexualidade, bem como para critica às idéias de razão, progresso e ciência. Outra ruptura se expressa na ausência de visão de futuro;
- CURRICULO E CONHECIMENTO EM REDE, ganhou destaque nos estudos em currículo a partir da metade da década de 1990. Trata-se de uma vertente de trabalhos desenvolvidos fundamentalmente por pesquisadores do Rio de Janeiro, coordenados por Nilda Alves e Regina Leite Garcia. Referenciam-se em bibliografia francesa. Percebe-se o reduzido dialogo com autores da área da educação e mais especificamente com a área de currículo. Centravam na categoria cotidiano e em discussões sobre formação de professores. A idéia de rede de conhecimentos apresenta grau de desenvolvimento marcadamente superior ao presente nas formulações iniciais. Na medida em que o mundo moderno está em crise, torna-se necessário criar novas perspectivas para a tematização curricular. Assim, os estudos sobre currículo e conhecimento em rede se afastam cada vez mais da discussão especifica de currículo e passam a tematizar a crise do mundo moderno que se expressa em três esferas: no mundo do trabalho, na produção cientifica e no questionamento da razão como forma privilegiada de entendimento do mundo.
- HISTÓRIA DO CURRICULO E CONSTITUIÇÃO DO CONHECCIMENTO ESCOLAR, se constituíram no final da década de 1980. Paralelamente à divulgação e ao estudo das teorias políticas de currículo na literatura internacional, iniciava-se a tentativa de compreensão do desenvolvimento de campo curricular no Brasil em estudos históricos. Encaminham-se em duas linhas principais: o estudo de pensamento curricular brasileiro e o estudo das disciplinas escolares.
- A marca do campo do currículo no Brasil nos anos 1990 é o hibridismo;
- É um campo assinalado mais pela diversidade orgânica do que pela uniformidade. Diferentes discursos são reterritorizados.
- Um campo contestado em que se misturam influências, interdependências e rejeições;
- Uma das principais marcas do pensamento curricular brasileiro atual é mescla entre o discurso pós-moderno e o foco político na teorização critica. São associadas a perspectiva teleológica de um futuro de mudanças, fundamentada na filosofia do sujeito, filosofia da consciência e na valorização do conhecimento como produtor dos sujeitos críticos e autônomos, com o descentramento do sujeito, a constituição discursiva da realidade e a vinculação constitutiva entre saber e poder.
- Na busca de uma interpretação da escola no contexto pós-modernizado, as referencias à sociologia e à filosofia são hibridizadas com as tradicionais referencias do campo do currículo.
- Os discursos sobre currículo vem contribuindo para a constituição de novas identidades para o campo, tornando mais difusa a constituição de uma teoria do currículo.
- A principal tendência do campo é a valorização de uma certa discussão da cultura, na medida em que vem sendo intensificadas, sob referencias teóricas diversas, as discussões sobre multiculturalismo ou estudos culturais. Está em curso um processo de virada cultural que associa a educação e o currículo aos processos culturais mais amplos, contribuindo para uma certa imprecisão na definição do campo intelectual do currículo.
- A relação com os demais campos precisa se fazer na interação entre domínio e subordinação, na qual o pesquisador em currículo apropria-se daquilo que lhe é útil em outros campos.
16/03/2012

Resumo do texto: “Nascem os estudos sobre currículo: as teorias tradicionais”.


    Em todas as épocas e lugares, os educadores sempre estiveram envolvidos com o currículo, antes mesmo dessa terminologia ser adotada para esse fim. E por isso houve a necessidade de torná-lo um campo profissional e especializado.   
   O campo de estudos do currículo está estreitamente ligado a processos que envolvem a formação de especialistas, disciplinas e departamentos sobre currículo.
   O termo currículo, no sentido como é como é conhecido nos dias atuais, teve sua origem na literatura americana, na qual surgiu para designar um campo profissional especializado de estudos. Esse fato está associado à institucionalização da educação de massas que ocorreu nos Estados Unidos, no final do século XIX e início do século XX.
   No contexto dessa institucionalização da educação, diferentes forças econômicas, políticas e culturais procuravam moldar os objetivos e as formas da educação de massas de acordo com suas diferentes e particulares visões.
   Em 1918, Bobbitt escreveu o livro: “The curriculum”, considerado o marco na especialização do estudo do currículo. Bobbitt, que tecnocrático, propunha que a educação funcionasse como uma indústria e que era necessário estabelecer padrões. Para ele o sistema educacional deveria ser capaz de especificar que resultados pretendia obter e estabelecer métodos para obtê-los. Sua proposta parecia permitir à educação tornar-se cientifica. Bastava apenas pesquisar e mapear as habilidades necessárias para as diversas ocupações. Por tanto, a tarefa do especialista em currículo era fazer o levantamento de habilidades necessárias para as diversas ocupações, desenvolver currículos que permitissem que essas habilidades fossem desenvolvidas e, planejar e elaborar instrumentos de medição que possibilitassem dizer se as habilidades foram aprendidas. O currículo se transforma em uma questão de organização.
   As ideais de Bobbitt, divergiam das ideias progressistas de John Dewey, que estava muito mais preocupado com a construção da democracia que com o funcionamento da economia. Ele acreditava que era importante levar em consideração, no planejamento curricular, os interesses e as experiências das crianças e jovens.
   As ideias de Bobbitt foram consolidadas em 1949, por Ralph Tyler, quando este publica um livro que influenciaria vários países incluindo o Brasil. Neste livro, Tyler, afirma que a organização e o desenvolvimento do currículo deve buscar responder a quatro questões básicas que correspondem à divisão tradicional da atividade educacional: currículo, ensino, instrução e avaliação. Ele insiste na afirmação de que os objetivos devem ser claramente definidos e estabelecidos.
    É importante observar que as duas linhas de pensamento, tanto os tecnocráticos, quanto os progressistas eram uma reação ao currículo clássico e humanista, o qual o objetivo era formar homens que encarnassem as melhores realizações e os mais altos ideais do espírito humano. Ideias que eram contestadas por sua abstração e inutilidade e por desconsiderar a psicologia infantil. O fim do currículo clássico se deve à democratização da escolarização secundária.
16/03/2012

O que sei de mim




 Para estar aqui, hoje, precisei fazer escolhas, algumas bem difíceis. Mas escolhas são necessárias. As vezes precisamos parar e refletir sobre tudo o que está acontecendo em nossa vida. 

Em muitas dessas “paradas” temos a oportunidade de reconhecer que precisamos mudar. Mudar as atitudes, o modo de pensar e muitas outras coisas. Quando isso acontece temos a chance de fazer uma verdadeira reforma em nossas vidas. 

As mudanças trazem insegurança, mas devemos estar preparados para as novas descobertas. Pois as mudanças, também, trazem novos conhecimentos, novas experiências. 

Para estar aqui, hoje, na aula do mestrado de Ensino de Ciências, precisei fazer escolhas, passar por mudanças e estes acontecimentos estão me fazendo crescer pessoal e profissionalmente.

Hoje eu percebo que para subir os degraus da escada da vida eu preciso não, somente, dos bens materiais, mas ter paixão pelas coisas que faço. Saber entregar totalmente à vida e não ficar tentando desempenhar papéis que fazem parte de uma vida politicamente social, mas que não trazem a satisfação pessoal.

02/03/2012